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O Ser humano não é o único animal a habitar nosso planeta. Nós o compartilhamos com inúmeras outras espécies, mas infelizmente mantemos uma relação exploratória e violenta com estes. Muitos acreditam que os animais estão neste planeta para nos servir (ou se não acreditam, assim praticam sem nem mesmo questionar), destituindo-os do direito à vida e liberdade, impondo-lhes sofrimentos inaceitáveis. As desculpas para tanto abuso e crueldade são diversas.
Testes e experiências em animais tem como desculpa a preservação da saúde do homem ao se desenvolverem novos medicamentos, cosméticos ou novos procedimentos cirúrgicos. A alimentação de origem animal é pregada como sendo a única capaz de nutrir-nos de forma adequada, quando estudos já comprovaram exatamente o contrário e que na verdade aumenta os riscos de inúmeras doenças (veja a página Saúde). Educação ecológica é outra justificativa para que se mantenham animais presos e maltratados, vivendo uma vida de clausura, estresse e tolidos de uma vida social equilibrada.
Podemos citar tantos outros pretextos, como lazer, transporte, vestimenta e companhia (animais de estimação). A verdade é que, se cada um de nós parar por alguns instantes e refletir a respeito, veremos o grande erro que a humanidade tem cometido.
Não é preciso explorar outra espécie animal para sobreviver. Precisamos deles, sim, em harmonia com a natureza, o planeta, e nós mesmos.
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Os animais


Companhia​
​Os animais de estimação são em sua maioria provindos de "fábricas de filhotes" que são frequentemente clandestinos e não prezam pelo bem estar e saúde do animal, submetendo-os a espaços superlotados e de higiene precária. Estão interessados apenas em baixar seus custos até que consigam vendê-los para lojas de animais ou diretamente para as pessoas. Claro que ao serem vendidos e receberem um novo lar onde pessoas boas vão amá-los, seus sofrimentos diminuem, mas o mercado que demanda estes filhotes é o combustível para que estas "empresas" continuem com este processo cruel. Esses filhotes frequentemente apresentam problemas físicos ou psicológicos ao longo de suas vidas e os que não são vendidos acabam sendo mortos, simplesmente por perderem seu valor de mercado. As matrizes, que são as fêmeas procriadoras, são estupradas periodicamente para ficarem prenhas e recebem tratamento degradante por toda sua existência.
Será que conseguimos dar a um animal de estimação tudo o que precisam, ou estamos apenas explorando-os sem nem mesmo termos consciência?
Portanto, se ainda assim quisermos desfrutar da companhia e amizade de um animal doméstico, ao menos consideremos resgatar um da rua, retribuindo sua amizade e lealdade com muito amor e respeito.
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Alimentação
Matar um animal é por si só um ato perturbador. Se tivéssemos que fazê-lo com nossas próprias mãos, ou se os abatedouros tivessem paredes de vidro, provavelmente seríamos todos vegetarianos. Além disso, a produção em massa de carnes e alimentos de origem animal causa muito mais sofrimento aos animais do que apenas aquele gerado no momento do seu abate. Podemos citar a marcação a ferro quente, a retirada dos chifres, a decapitação dos rabos e orelhas dos porcos, dos bicos das aves, (tudo isso sem nenhuma forma de anestesia), o transporte precário, a ordenha sem limites de vacas, que são confinadas e chegam a morrer por não resistirem às péssimas condições de sobrevivência. Uma vaca pode viver até 20 anos, mas somente as deixam viver por cerca de 4 anos, quando deixam de ser lucrativas (inclusive as leiteiras).
Os animais são mantidos em espaços minúsculos, não podendo movimentar-se minimamente, levando muitos à morte em seu próprio confinamento. Pintinhos machos são literalmente triturados em uma espécie de moedor gigante, pois não retornam lucro para seus produtores.
Finalmente, no momento do abate, estes animais acabam por ter uma morte lenta e dolorosa, contorcendo-se enquanto sangram, pois o "tiro de misericórdia" ou o rasgo em suas gargantas, por diversas vezes, não os matam instantaneamente. Muitos terminam suas vidas debatendo-se sobre suas próprias poças de sangue.
Peixes e frutos do mar, ao contrário do que muitos pensam, também são seres sencientes e sofrem ao serem capturados, asfixiados e mortos. Além dos peixes alvos em uma pescaria comercial, muitas outras vidas marinhas acabam sendo arrastadas e mortas, como por exemplo, tartarugas, golfinhos, baleias, tubarões, etc.



Vestuário
Ao longo de suas vidas, as pessoas não questionam muito seus hábitos de vestuário. Não refletem sobre o impacto que geram ao consumir peças oriundas de animais ou que tipo de indústria estão financiando com esta prática. Atitudes aparentemente normais, como comprar um casaco, uma bolsa ou um sapato não estão cognitivamente ligados à sua origem e todo sofrimento por ela imposta a outros animais. Muitos acreditam que são sempre subprodutos de outras indústrias e por isso faz mais sentido utilizá-las a serem descartadas. Ledo engano, pois a grande maioria de indústria de peles tem como insumo peles de animais criados especificamente a este fim, pois para obtenção de couros, peles e penas sem defeitos, requerem alguns cuidados na criação dos animais. Veja bem, não são cuidados para o bem estar do animal, mas cuidados apenas com fins comerciais, que via de regra geram ainda mais sofrimento. Aves tem seus bicos cortados, bovinos seus chifres cortados, suas vidas enclausuradas, tudo isso para garantir o melhor produto para venda. São diversos os animais que sofrem com esta indústria: Raposas, coelhos, chinchilas, cabras, cachorros, jacarés, ovelhas, porcos, bois e vacas.
Se pararmos para pensar, qual o sentido em cobrir-nos com um produto que é nada além de parte de corpos de outros animais, cujo sofrimento produzido para sua produção está contido em cada uma desta peças. Hoje, com tantas opções sintéticas, é ainda menos compreensível a manutenção deste costume.
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Entretenimento
​O homem é a única criatura que provoca dor por esporte. Em rodeios, inflige-se dor ao animal para que pule e corra como o ser mais selvagem já visto. Competições de laços e captura de bezerros também são traumatizantes onde os animais sofrem puxões bruscos e fortes pelo laço em seu pescoço, machucando-os severamente. E o que dizer sobre touradas? Simplesmente um verdadeiro assassinato em "praça pública", onde o touro já inicia o "duelo" ferido ou atordoado, segundo ex-toureiros.
Animais utilizados para apostas em corridas e eventos culturais são explorados e obrigados a viver uma vida não natural e super estressante.
Zoológicos tem a pretensão de serem instituições de preservação e educação ecológica. Podem até parecer interessantes, mas na verdade mostram apenas o desrespeito do ser humano pela natureza de outros seres vivos. Por mais que se tente recriar o ambiente mais parecido possível com seu habitat natural, sabemos que no Zoológico o animal é privado de sua liberdade e de uma vida em que possa explorar todos seus instintos e interagir de forma natural e saudável com o ambiente. O que podemos aprender sobre vida selvagem, se os vemos em cativeiro?


Ciência
​Vivissecção é todo tipo de experimento realizado em animal vivo (testes laboratoriais, práticas cirúrgicas e experimentos psicológicos), sendo aceito pela sociedade por ser considerada uma forma de ciência médica, com a pretensão de se descobrir curas para doenças em humanos, para garantir que medicamentos ou substâncias cosméticas não sejam prejudiciais à nossa saúde, ou para entender comportamentos diante de testes psicológicos (Hein!?).
Entretanto, não há garantias de que os resultados obtidos em animais funcionarão da mesma forma em humanos. Estes animais são expostos a torturas físicas e psicológicas por toda sua vida, tendo poucas chances de sobrevivência. São inúmeros procedimentos, desde teste de sensibilidade a substâncias tóxicas a cirurgias sem anestesia, mutilação, privação social e materna, etc.
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Aprofunde-se, informe-se, viva consciente. Veja na página Documentários e fontes toda a base de conteúdo de acordo com sua curiosidade e interesse.