top of page

Saúde

Um número cada vez maior de pesquisadores tem se dedicado ao estudo mais profundo da nutrição e sua implicação na saúde do homem.  E o que eles têm descoberto é uma forte correlação entre o consumo de produtos de origem animal e o acometimento de inúmeras doenças, dentre elas a obesidade, diabetes, doenças cardíacas, hipertensão e câncer. 
 
O colesterol é uma gordura natural produzida pelos animais, inclusive os humanos, e é um componente essencial das paredes de nossas células. Mas ao consumirmos o colesterol produzido por outros animais através das carnes, ovos e derivados, ele tende a permanecer na corrente sanguínea, acumulando-se nas paredes dos vasos sanguíneos e provocando angina (dores no peito), infartos, AVC (acidente vascular cerebral), entre outras complicações.
​
Em 1968, um estudo indiano realizado com ratos, "The Effect of Dietary Protein on Carcinogenesis of Aflatoxin" provou que a proteína animal propiciava o desenvolvimento de câncer (Documentário Forks over Knives).
​
Análises estatísticas Globais para diversos tipos de câncer e doenças de coração, feitas ainda no século passado, revelaram que países em que sua população consumia maiores quantidades de produtos animais apresentavam índices também superiores destas doenças e em países com baixo ou nenhum consumo estas doenças raramente aconteciam. O maior estudo comprovando esta relação foi o The China Study. Trata-se de uma pesquisa sobre dieta e taxas de mortalidade de câncer em mais de 2.400 regiões chinesas que esclarece fortemente as implicações da nutrição na saúde das pessoas. Vale a pena se aprofundar. Um pouco deste estudo está no documentário Forks over Knives.
​
Diversos pesquisadores, cada um em sua área de atuação, têm chegado a uma mesma conclusão: condições debilitantes de nossa saúde poderiam ser drasticamente reduzidas ou até mesmo erradicadas simplesmente pela adoção de uma dieta integral baseada em vegetais, com o mínimo de processamento, como frutas, verduras, grãos e legumes e também evitando comida de origem animal, como carne, leite e ovos. 
​
Apesar de todas as evidências da dieta vegana prevenir inúmeras doenças, a maioria das pessoas não confiam que esta seja uma opção boa em nutrientes, e acham arriscado cortar alimentos de origem animal de suas dietas. Na verdade, não há nutrientes em uma alimentação onívora que não seja encontrada em uma alimentação vegana (salvo vitamina B12, que explicarei os motivos abaixo). O mito de hipo-suficiência de nutrientes em uma alimentação vegana, tais como proteína, ferro, cálcio, ômega 3, entre outros, acaba desencorajando muitos a trilharem este caminho. 
 
Dr. Eric Slywitch (confira seu site e canal do Youtube) afirma que para uma dieta vegetariana os feijões (feijões propriamente ditos, ervilha, lentilha, grão-de-bico, etc.) são os principais substitutos para a proteína animal. Através da ingestão de 7 colheres de sopa, ou uma concha cheia de feijão, é garantida a absorção de quantidade equivalente de proteína e ferro se comparado a um bife de 100g. Com a vantagem de estar consumindo uma alimento sem nenhum colesterol.
​
Quanto ao cálcio, há inúmeras verduras (de folhas verde-escuras) que são fontes excelentes deste nutriente e tem absorção ainda melhor que a do leite de vaca, como por exemplo: brócolis, couve, escarola, agrião e rúcula.
 
Sobre a vitamina B12, nos dias atuais, não há nenhuma fonte segura que não seja por alimento de origem animal, dado que esta é uma vitamina sintetizada por micro-organismos existentes na terra e que são eliminados dos alimentos vegetais pelo processo de sanitização total de nossas verduras, legumes e frutas. Ganhamos em higiene, e isso é ótimo, mas temos em contrapartida que repor esta vitamina. Já o gado, por exemplo, adquire sua vitamina B12  pela ingestão das gramíneas, quando assim se alimentam. Entretanto, atualmente, o gado e outros animais tem se alimentado principalmente de ração, reduzindo a ingestão destes micro-organismos e por consequência a B12. Assim, nem mesmo produtos de origem animal tem sido boas fontes de B12, explicando os índices muito similares de deficiência desta vitamina tanto em vegetarianos e veganos (50 a 60%) quanto em onívoros (cerca de 50%), conforme estudos mais recentes. Por esse motivo as rações dadas aos animais de corte tem sido nos últimos anos suplementadas com B12 (então, queira você ou não, estará suplementando B12, seja de forma direta, como fazem os veganos, ou indireta, pra quem ainda se alimenta de carne). 
​
Por último, um ponto muito debatido é a questão dos agrotóxicos. Claro que é sempre bom evitá-los, se possível, consumindo produtos orgânicos, mas falando ainda dos vegetais cultivados com uso de pesticidas, a ideia de que ao consumi-los estaremos expostos a uma maior ingestão de agrotóxicos, se comparado a uma dieta onívora, é falsa, pois ao ingerirmos carnes de frangos, vacas, porcos, etc., estaremos consumindo todo agrotóxico ingerido por este animal ao longo de sua vida, dado que estas toxinas são lipo-solúveis, acumulando-se nas camadas gordurosas da carne do animal.
​
Como toda alteração de dieta, ainda mais de forma permanente, é necessário que o processo seja gradual e de forma consciente, buscando-se o máximo de conhecimento e, se possível, a ajuda de um profissional nutricionista e/ou nutrólogo especializado em alimentação vegana. Para este tipo de informação e cuidado, eu sugiro o canal do Dr. Eric Slywitch no YouTube. (Não deixe de acessar, é um excelente guia para quem está na caminhada, pretende iniciá-la, ou é apenas simpatizante de alimentação saudável).
​
​
​
* Vejam na página Documetários e Fontes, quais os melhores vídeos e materias com foco em Saúde. 
​
"Let the food be your medicine" ("Deixe a comida ser seu remédio") - Hipócrates, há mais de 2000 anos.
 
"The doctor of the future will no longer treat human frame with drugs, but rather will cure and prevent disease with nutrition" ("O médico do futuro não vai mais tratar o corpo humano com drogas, mas vai curar e prevenir doenças com nutrição.") - Thomas Edison.
bottom of page